The Burning Man

Aug 25 to Sep 27 2011

 

26/Aug/2011 The Nevada desert, Black Rock City, 40°47’11.00″N 119°12’24.23″W – Here we are, standing in the middle of nowhere, not alone, a few scattered people are around but the sensation of emptiness fulfill ourselves. We are two days earlier of the beginning of the Burning Man festival and it really seems that nothing big is going to happen, we start setting up our camp and during the day some other cars, campers, trailers and RV’s arrives from every direction, the next morning the surroundings looks like a gipsy community with tents, geodesic structures, wood being cut and hammered and the felling that now you belong to something else than the dust of the desert.
There is one important thing to say about the Burning Man festival – There is no way anyone will understand what it is without experiencing it. Along our 10,000 miles trip from Miami to Alaska to Nevada we heard many thing about it, it’s an art festival, it’s a music festival, it’s a hippie thing, it’s a nudist meeting, it’s a mutant car show… Although they may all be correct in some way, none of that (or all together) can define this gathering of 50,000 people.
The humane factor is what really makes this a one of a kind event, upon arriving at the gate the staff at work comes to check your credentials and ticket and promptly say “welcome home”, and you will hear it many many times during the week. Burners are natural huggers too; just open your arms on any of the streets and someone will hug you in no time. Currency is another thing left behind, no buying or selling is allowed within the limits of Black Rock City, every person must bring all he will need to survive during his stay and most usually bring something extra to give away, from beer to souvenir.
We were part of the Barbie Death Camp and Wine Bistro, which this year had 300 gallons of wine, 400 hot dogs to give to other burners visiting our camp.
The city have a circular configuration (like many medieval cities) and the streets pointing to the center are named like the hours on a watch and the concentric receive alphabet letters, this makes very easy to locate or being located, 5:30 C is all that is needed.

 

One thing that catches the eye is the number of small airplanes parked and just dropping passengers. We had an early entry pass (Aug 26) so there was no line when we arrived and we crossed the gate with only two other cars on our side but after hearing that the line to get into the city on the first day of the event (Aug 29) can take up to seven hours and having experienced ourselves 5 hours just to leave the event and get to the highway I would also use an airplane to get in and out if I had the chance.
Talking about airplanes, we did manage to make 3 jumps during the event. Skydive in the desert over Black Rock City is another unique experience.
At the end of ten days seeing the city being built, living the event and being part of the community, the conclusion is that it is an experience very difficult to fully explain and that everyone who says something about it without being there just don’t have a clue about what they are talking about. It may not be an event for everyone but it sure worth experiencing it at least one time and have your own opinion.

 

Sep 05 – We woke up early to finish the packing and go to San Francisco get the plane to Miami the next day. By the time we finished it was late afternoon and it took us over 11 hours to get from our campground to Sacramento (it usually takes less then 5 hours) so we decided to sleep there.

Sep 06 – Arriving in San Francisco we went straight to Putnam Jeep dealer at Burlingame, left the Rubi for a well deserved maintenance and got a ride to the airport. At the counter we found out that we were a little earlier, just 24 hours!!  That is what ten days in the desert without caring about time can do to you.

Sep 07 – Miami, the expedition will be paused for 20 days.

Sep 27 – Back in San Francisco. Our plan was to stay in SF for a while and do some tourist stuff, but upon exiting the airplane a guy saw our parachute backpacks and asked if we were skydivers. He happened to be a Brazilian skydiver instructor waiting for his student to arrive and we decided to go together to Lodi the next morning. They left early then us and while we were on route to Lodi we got a phone call from some burner friends inviting us to go barefoot skiing close to Auburn, change of plans are a constant!

 

25 Ago a 27 Set

 

26 de Agosto de 2011, deserto de Nevada, Black Rock City, 40°47’11.00″N 119°12’24.23″W – Aqui estamos nós, parados no meio do nada, mas não estamos sós, há um punhado de gente espalhado aqui e alí, mas a sensação de vazio é envolvente. Chegamos dois dias antes do início do festival Burning Man para ajudar a construir o nosso acampamento, tudo tão vazio que parecia que nada de importante estaria para acontecer alí. Começamos a montar nossa barraca e durante o resto do dia foram aparecendo mais carros, motor-homes, vans e trailers de todos os lados. Na manhã seguinte o entorno já parecia um acampamento de ciganos com baracas, domos geodésicos e muita madeira sendo cortada e martelada, já se podia sentir fazer parte de alguma coisa além da poeira do deserto.
Há uma coisa importante a se dizer sobre o festival Burning Man – Não tem como alguém falar alguma coisa desse festival sem ter participado. Em nossa rota de 16 mil quilometros de Miami até o Alaska e Nevada nós ouvimos muita coisa sobre ele: É um festival de música, é um festival de arte, são um monte de hippies, é um grande campo de nudistas, é um desfile de carros mutantes.

Apesar de cada uma dessas definições estar ligeiramente correta, nenhuma delas (ou todas juntas) conseguem definir essa reunião de 50 mil pessoas.
O fator humano é o que faz desse evento uma coisa única. Já na chegada, nos portões, o pessoal trabalhando vem checar seus ingressos e credenciais e o saúdam com um caloroso “Bem vindo a sua casa”, e essa é uma saudação que você vai ouvir diversas vezes durante a semana. Os Burners (como se autodenominam os veteranos do evento) são abraçadores naturais, basta abrir os braços andando pelas ruas e imediatamente aparece alguém para lhe dar um abraço. Dinheiro é uma outra coisa deixada para trás quando se entra nesse festival, comprar e vender não é permitido dentro dos limites da cidade Black Rock, cada pessoa deve levar tudo que precisa para sobreviver por uma semana no deserto. E muitas pessoas levam coisas a mais para distribuir, de cerveja a brindes.
Nós fizemos parte do acampamento chamado Barbie Death Camp and Wine Bistro (um dos maiores do evento) que esse ano levou mais de 1.100 litros de vinho e 400 cachorros quentes para servir aos visitantes de nosso acampamento.
A cidade tem uma configuração circular, como várias cidades da europa medieval, as ruas que apontam ao centro recebem um nome correspondente as horas do relógio enquanto as concentricas as letras do alfabeto. Um típico endereço em Black Rock City é 5:30 E, basta isso para qualquer um se posicionar.
Uma das coisas que chama a atenção é a quantidade de pequenos aviões estacionados e pousando para deixar passageiros no evento. Nós tinhamos credenciais para chegar mais cedo (26 Ago) de modo que não havia fila alguma quando chegamos, apenas dois outros carros atravessaram o portão junto conosco. Mas depois de ouvir que as pessoas chegando no primeiro dia do evento (29 Ago) pegam até 7 horas de fila e nós mesmo termos ficado engarrafados por mais de 5 horas para sair do evento e chegar na rodovia, nós também usariamos um avião para chegar e sair se tivessemos um a disposição.
E por falar em aviões, conseguimos fazer 3 saltos de paraquedas durante o evento, outra experiencia única é saltar naquele deserto e ver a cidade do alto.
Ao final de 10 dias vendo a cidade ser contruida, vivenciando o evento e fazendo parte da comunidade a conclusão é que essa é uma experiencia muito dificil de explicar em palavras e que qualquer um que diz alguma coisa sobre esse evento sem ter nunca participado simplesmente não tem a menor noção do que está dizendo. Esse pode não ser um festival para qualquer um mas certamente vale a pena participar nem que seja uma vez para ter uma opinião própria sobre o Burning Man.

05 de Set – Acordamos cedo para terminar de arrumar nossas coisas e partir para São Francisco e pegar o avião para Miami no dia seguinte. Quando finalmente terminamos já era final de tarde e levamos mais de 11 horas para chegar em Sacramento, o que normalmente leva menos de 5 horas, então decidimos por dormir por lá mesmo.

06 de Set – Chegando em São Francisco fomos direto para a revenda Jeep Putman em Burlingame, deixamos o Rubicon para uma merecida revisão e pegamos uma carona pro aeroporto.
No balcão descobrimos que estávamos um pouco adiantados, apenas 24 horas!!  Isso é o que 10 dias no deserto sem se importar com horários pode fazer com você.

07 de Set – Miami, a expedição está em pausa por 20 dias.

27 de Set – De volta a São Francisco. Nosso plano era ficar em SF por uns dias conhecendo a cidade mas logo na saída do avião com nossos paraquedas nas costas fomos abordados por alguém nos perguntando se eramos paraquedistas e de onde. É claro que ele tinha de ser brasileiro… Paulo Assis, de Boituva, esperando um aluno chegar no mesmo vôo que nós. Decidimos ir juntos para Lodi na manhã seguinte. Eles sairam antes de nós e enquanto estavamos indo para lá recebemos um telefonema de amigos convidando para esquiar descalços perto de Auburn, mudança de planos é uma constante nessa expedição…